"Vaidade" - Nunca fui Miss*


Depois de algum tempo vendo fotos aleatórias na internet eu percebi o quão fúteis podemos ser e nem percebemos. Futilidade num sentido mais amplo, nada relacionado ao ato de pensar só em roupas, sapatos, não essa futilidade relacionada ao consumo. 

Pensei naquela futilidade abstrata, que a gente não sabe que tem ou não assume mesmo, mas que está na cara, nas ruas e em qualquer lugar: aquela de não ligar muito pra vida ou para as coisas importantes. 

Viver em um mundo onde os humanos têm o controle não é fácil, ou você se torna igual a todos ou você não é ninguém e as pessoas sempre querem ser alguém, o ser humano é um vermezinho que se alimenta de reconhecimento, seja por algo que fizeram ou falaram, ele querer ser reconhecido, é essencial, isso completa. Mas é tudo ilusão.

Nada dura para sempre, nada que seja feito de um matéria tão frágil como nós, tão sujeitos ao envelhecimento ou às peças que a vida nos prega. As coisas têm um tempo de duração, no final das contas todos somos frágeis, tudo é frágil. 

Pode parecer meio clichê falar disso, mas enquanto você vive pensando apenas nas coisas que pode ter, pensando no que as pessoas que estão ao seu redor podem ter ou no que você deve fazer para também ter, você acaba esquecendo o mais importante de tudo: o ser. O sonhar, o sorrir, o amar, o fazer o bem sem olhar a quem... Ser reconhecido pelo mundo inteiro e não saber nem mesmo quem você é vale de alguma coisa?

A vida não é só aquilo que está aos seus olhos ou aquilo que você pode tocar, nem é só aquilo que passa na TV ou chega até você através do seu computador. Isso daí é efêmero, é coisa de gente, e como gente, acaba. Aquilo que está dentro de você é eterno, é o que fica. 

No final das contas é o que mais faz sentido. Não vou dizer que nada disso também não importe, mas o que quero dizer é que deve ter uma importância menor. Ser cheio de si, quando você é vazio é o mesmo que nada. Acredito que a chave é tentar ser menos humano e mais amor. O resto é tudo futilidade, tudo coisa passageira, tudo que vem e vai, é apenas vaidade.

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