ReBlog' Que a gente se ame sem se colocar num pedestal!
Por Marcella Fernanda
#BlogEuSouMeigaPorra
O amor não é encontrar as coisas prontas, é construir junto.” Li essa frase num livro e fiquei meia hora com um sorriso de canto, como quem descobriu a pólvora. Nunca mais esqueci e nunca li definição melhor do amor. Mas quanto tempo a gente leva pra perceber isso? Quantas histórias a gente deixa passar, porque sei lá, não tinha cara de amor? Eu é que não sabia qual era a cara dele. É que, cê sabe, a gente cresce vendo filme de comédia romântica e do Nicholas Sparks.
A gente sonha, idealiza e aprende (com todo esse curso intensivo furado via TV) que o amor acontece num passe de mágica. Você olha e não tem dúvidas: é a minha alma gêmea! Tem que acender uma luz neon em volta dele, não tem?? Eu vi no filme! E aí a gente passa a vida sem paciência pro que é menos que isso. A gente desiste de entender o outro, se adaptar, ceder, fazer e acontecer, porque teoricamente teria que fluir tudo perfeitamente, como num conto de fadas, se realmente fosse amor.
A gente joga a toalha e mata asfixiada as possibilidades. A gente vicia na solidão porque, também teoricamente, primeiro a gente tem que amar muito a própria companhia pra depois ser amada. Mas o amor nunca sobreviveu de teorias. NUNCA foi sobre isso, umas apostilas, manuais e fórmulas. Só que a gente vai andando olhando muito pro próprio umbigo pra conseguir amar também. A gente só quer ser genuinamente amada, puff, num passe de mágica.
A gente posta “Remar, re-amar, amar” do Caio em alguma rede social, do dedo pra fora. A gente nem sabe o que é isso. Só sabe que é incrível demais pra meio mundo, empina e entorta o nariz pra tanto pretendente mais ou menos. O que é ótimo- numa certa medida – porque a gente não engole relacionamento abusivo nem à força. Porque a gente se ama pra caralho (com o vocabulário que a gente bem entender), se garante e não abaixa a cabeça pra macho nenhum.
Só desanda quando a gente perde a mão do amor-próprio e começa a se colocar num pedestal. A gente só quer ficar lá, sendo abanada, com uvas na boca, esperando O cara, que com certeza vai aparecer (porque você é maravilhosa e Deus com certeza tá caprichando) e dez segundos depois você vai estar vivendo em eterna lua de mel, namoro dos sonhos, aqueles de casal fake de Instagram. A gente se esquece muito rápido do começo desse texto, da base do amor: construir. Afinal, deusas não botam a mão na massa. Então, meu bem, ou deusa ou amada. Só cabe a você decidir!
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