Débora Mariani

Por Marcella Fernanda  #BlogEuSouMeigaPorra O  amor não é encontrar as coisas prontas, é construir junto.” Li essa frase num livro e fiquei meia hora com um sorriso de canto, como quem descobriu a pólvora. Nunca mais esqueci e nunca li definição melhor do amor. Mas quanto tempo a gente leva pra perceber isso? Quantas histórias a gente deixa passar, porque sei lá, não tinha cara de amor? Eu é que não sabia qual era a cara dele. É que, cê sabe, a gente cresce vendo filme de comédia romântica e do Nicholas Sparks. A gente sonha, idealiza e aprende (com todo esse curso intensivo furado via TV) que o amor acontece num passe de mágica. Você olha e não tem dúvidas: é a minha alma gêmea! Tem que acender uma luz neon em volta dele, não tem?? Eu vi no filme! E aí a gente passa a vida sem paciência pro que é menos que isso. A gente desiste de entender o outro, se adaptar, ceder, fazer e acontecer, porque teoricamente teria que fluir tudo perfeitamente, como num conto de fadas, se

É muito fácil nos identificarmos com um belo sorriso na rua, com uma conversa com um colega de igreja, de faculdade, do trabalho, porque quando não conhecemos o íntimo de alguém, um raro bate papo bom, uma curtida no facebook e um coraçãozinho no Instagram já servem pra nos encantarmos. Quando descobrimos verdadeiramente alguém a perfeição desaparece, nosso agora então amigo é um alguém cheio de defeitos e manias das quais não gostamos, porque isso o torna assustadoramente mais parecido com nós mesmos. Por isso as nossas maiores decepções vem dos amigos e da família, porque são eles que nos suportam, que nos conhecem, que nos incomodam e que estão tão próximos a nós que quando erram nos afetam de forma radical. Já as pessoas perfeitas não fazem ideia de quem somos, o que fazemos ou o que queremos ser, elas não possuem forças e argumentos para nos atingir, continuam sendo apenas sorrisos e pequenas conversas. DIM